Restauração da Mata Atlântica é um grande desafio
A Mata Atlântica é um dos grandes biomas do Brasil, mas de acordo com o Instituto SOS Mata Atlântica, apenas 12,4% da floresta original ainda existe hoje. Com o objetivo de restaurar a biodiversidade da flora e fauna nativas, várias organizações estão trabalhando em zonas de preservação ambiental e também na recuperação de áreas privadas onde os proprietários se comprometem a respeitar as diretrizes do ESG. E é justamente em uma área da Mata Atlântica que nossa start-up Morfo, que usa tecnologia para reflorestamento em grande escala, inaugurou seu trabalho no Brasil, com o Instituto Terra e Preservação Ambiental (ITPA) e a Cachaça Pindorama como parceiros
Um projeto inovador que combina o plantio por drones e o plantio manual
O projeto abrange 17 hectares da Fazenda Palmas, na região do Vale do Café, no Rio de Janeiro. Para acelerar o plantio, a Morfo desenvolveu uma exclusiva técnica de plantação por drones que, para alcançar os melhores resultados, deve funcionar em colaboração com organizações locais. Neste projeto de 17 hectares, 75% da área foi replantada por drones e 25% foi replantada com a ajuda de pessoas locais que já trabalham no local. Tudo isso, em tempo recorde e com eficiência recorde.
O ITPA fornece à MORFO conhecimento avançado do bioma Mata Atlântica, acesso a um viveiro que complementa o plantio por drones com o plantio tradicional e o recrutamento de pessoas locais para realizar a parte manual do plantio. Essa organização familiar brasileira tem mais de 20 anos de experiência no plantio de árvores. Já contribuiu para o restauração de um milhão de hectares da Mata Atlântica, uma das florestas mais degradadas do mundo.
É urgente acelerar nossos processos de reflorestamento
A Morfo oferece uma solução em grande escala para restauração de ecossistemas, principalmente nos trópicos e subtrópicos, e sua abordagem é baseada em três pilares principais:
- Engenharia florestal, que inclui a melhoria contínua da análise de sementes.
- Tecnologia de drones, permitindo um acesso mais rápido às áreas de reflorestamento.
- Monitoramento de projetos, que usa inteligência artificial por meio de imagens de drones e satélites.
Para atingir a meta do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) de 35% da capacidade de absorção de carbono das florestas até 2030, 80 milhões de hectares de novas florestas precisariam ser plantados a cada ano. No entanto, de acordo com a ONU, apenas 8 milhões de hectares são reflorestados a cada ano, e é essencial aplicar soluções para acelerar esse processo. Neste projeto, o reflorestamento está concentrado em uma área ao norte da Reserva Biológica do Tinguá, mais precisamente no município de Miguel Pereira. Esse corredor é uma das principais fontes de água doce e energia para a cidade do Rio de Janeiro. A bacia do Guandu, alimentada por esse corredor, fornece 80% da água da cidade e 30% de sua energia.