A MORFO realiza continuamente experimentos e análises em diferentes laboratórios. Esse trabalho de P&D é um aspecto extremamente importante de nossa missão, pois nos permite ampliar nossos conhecimentos microbiológicos, agronômicos, botânicos e florestais.
Trabalhando com laboratórios reconhecidos: nossa estratégia para cultivar milhões de hectares de florestas diversas
Em termos concretos, durante esses experimentos de ciclo de 6 meses, testamos a germinação e o crescimento de espécies em condições reconstituídas antes de plantar em parcelas reais. Em particular, analisamos o estado de saúde durante diferentes eventos de germinação, desenvolvimento radicular, relações entre plantas ou relações entre plantas e microrganismos. Esses testes são realizados de acordo com os diferentes tipos de solos nos quais podemos ter que reflorestar (compactado, salino, seco...). Também variamos as condições climáticas para entender e testar as espécies em vários ambientes.
Ao fazer isso, entendemos as espécies e otimizamos seu crescimento. Também desenvolvemos nosso próprio catálogo de espécies para ajudar a tomar decisões sobre a seleção de espécies para projetos futuros. Por exemplo, estudamos a quebra da dormência para cada espécie, o que maximiza a taxa de germinação e, portanto, nos permite ter mais plantas e controlar o tempo de germinação.
Uma primeira colaboração frutífera com o IRD
O Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) é uma organização de pesquisa francesa, original e única no cenário europeu de pesquisa para o desenvolvimento. Por mais de 65 anos, o IRD concentrou suas pesquisas na relação entre o homem e seu meio ambiente na África, no Mediterrâneo, na América Latina, na Ásia e nos territórios ultramarinos tropicais franceses. Desde 1º de janeiro de 2021, uma nova unidade de pesquisa localizada em Montpellier foi criada e analisa as interações entre a planta e seu ambiente (micróbios e insetos em particular).
Assinamos uma colaboração inicial de pesquisa em maio de 2021 com o IRD. Essa primeira colaboração terminou em dezembro de 2022. Isso nos permitiu demonstrar a viabilidade e validade científica do processo de encapsulamento de sementes de nossa empresa MORFO em espécies tropicais, temperadas e do Sahel. Essa colaboração também nos permitiu testar os resultados desse processo quando aplicado em grande escala ou em vários terrenos.
Essa parceria é liderada por Robin Duponnois, diretora de pesquisa do IRD desde 2002. Robin Duponnois realizou várias atividades científicas, técnicas e administrativas de avaliação, aconselhamento e gerenciamento de pesquisas por 20 anos, enquanto estava destacado em vários países do Sul (Senegal e países vizinhos, Burkina Faso, Madagascar, Marrocos, Tunísia). Seu trabalho se concentra na ecologia e valorização dos antagonistas microbianos dos nematóides (controle biológico), no papel das simbioses micorrízicas na evolução dos ecossistemas tropicais e mediterrâneos e em suas aplicações, biotecnologias vegetais e microbianas. Ele é um especialista reconhecido internacionalmente no conhecimento e gestão de sistemas solo-microrganismo-planta e rizosfera. Gostaríamos de agradecê-lo sinceramente por sua confiança, assim como a de seus colegas.
Um novo programa de pesquisa agrícola em 2023
Após os resultados dessa primeira colaboração, assinamos uma segunda colaboração de pesquisa em janeiro de 2023. Este acordo começa em fevereiro de 2023 e faz parte de um novo programa de pesquisa agronômica chamado VEGE+. Este programa durará 24 meses. Ele será dividido em 3 subprogramas:
- uma segunda colaboração de pesquisa com o UMR LSTM (IRD/CIRAD/INRAE) chamada VEGEDRONE II
- uma colaboração de pesquisa com o laboratório LASEM da Universidade de São Carlos no Brasil, uma referência em restauração florestal no Brasil
- um aumento no tamanho do nosso laboratório interno, aumentando nossa capacidade de análise em cinco vezes
O objetivo deste programa é continuar aprimorando os processos atuais, mas com maior ambição na aplicação de novos processos para fortalecer a germinação das sementes, o crescimento e a resistência das plântulas, mas especialmente a restauração da vida microbiológica do solo.
Outras colaborações entre a MORFO e laboratórios
A parceria com o IRD é um exemplo de trabalho conjunto para melhorar os plantios e as taxas de sobrevivência nos diferentes biomas em que trabalhamos. Mas não é o único. No Brasil, por exemplo, iniciaremos pesquisas conjuntas com a EMBRAPA e a UFSCAR, uma universidade pública de pesquisa.
“A parceria com a Morfo permitirá a seleção e monitoramento de espécies com capacidade de semeadura direta, reduzindo os custos de restauração em maior escala com o apoio de drones” - Fatima C.M. Piña-Rodrigues, professora daUFSCar.